No oceano da pele: pensar e criar poesia erótica
No oceano da pele: pensar e criar poesia erótica
O poder do erotismo como força criativa e instrumento de libertação para as mulheres.
O curso
Partindo da ideia do "erótico como poder" da feminista Audre Lorde, vamos recuperar o manancial de força do erotismo para entender a criação literária como um instrumento de libertação para mulheres. No primeiro encontro, construiremos um breve panorama das poetas do erotismo conhecidas e silenciadas na história da literatura de língua portuguesa do início do século XX às contemporâneas, como Maria Firmina dos Reis, Gilka Machado, Florbela Espanca, Olga Savary, Maria Teresa Horta, Hilda Hilst, Leila Míccolis, Ana Cristina César, Ana Paula Tavares, Adília Lopes, Miriam Alves, Elisa Lucinda, Ana Rüsche, Adelaide Ivánova, Helena Zelic, Luz Ribeiro e Natasha Félix. No segundo, faremos exercícios de escrita criativa - ou de liberdade - para desprender as palavras do corpo.
O aulão se destina a pessoas interessadas em poesia, erotismo, feminismos e diversidades, tanto no âmbito da pesquisa, quanto da escrita literária.
Datas e horário
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DATAS:
12 e 13 de setembro, terça e quarta-feira
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HORÁRIOS:
Das 19h às 21h (horário de Brasília/São Paulo)
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PLATAFORMA:
Zoom
Plano de voo
ENCONTRO 1_ Erótico e poder
- Audre Lorde e "O erótico como poder";
- O que é erotismo?;
- A criação literária como libertação para as mulheres;
- Breve panorama das poetas do erotismo em português com leitura de poemas.
ENCONTRO 2_ Exercícios de escrita
- Análise dos poemas "Nome" de Olga savary, "Educação sentimental" de Maria Teresa Horta, "o corpo é um corpo", de Ana Rüsche e "s&m" de Natasha Félix;
- Exercícios de escrita poética.
Facilitadora
Bruna Escaleira (1988) é escritora, jornalista, mãe e feminista. É formada em Jornalismo pela USP, pós-graduada em Jornalismo Cultural pela FAAP e Mestra em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela USP, com dissertação sobre poesia erótica e feminismos. Tem dois livros de poesia publicados, entranhamento (Patuá, 2014) e algo a declarar.;’ (Com-Arte, 2016), além de outros dois no prelo: poemas para Liz (Arpillera, 2023) e terraíz (Triluna, 2024). Também participa de diversas coletâneas, como: As cidades e os desejos (Aliás, 2018), 69 poemas e alguns ensaios (Oficina Raquel/Jandaíra, 2020) e Coleção Desaguamentos (Escaleras, 2021). Atua em projetos de organizações feministas, como Chicas Poderosas, mantém uma coluna sobre literaturas feitas por mulheres e maternidades para a Revista AzMina e ministra oficinas de escrita criativa, literaturas e feminismos.