O curso
É comum que o diário seja a primeira forma de escrita praticada por muitas pessoas. Além de relatos íntimos e de percurso, esse gênero também tem se mostrado um recurso valioso para a construção de narrativas ficcionais – sejam elas escritas em verso ou em prosa. Neste curso prático, vamos pensar as características centrais da escrita diarística, entendida de forma ampla, e suas possíveis subversões. Trabalhando com textos que contemplam a poesia e a prosa, leremos trechos de obras de Joan Didion, Alba de Céspedes, Ana Cristina Cesar, Adília Lopes, Patti Smith, George e Weedon Grossmith, Henri Frederic Amiel, Blaise Cendrars e Roland Barthes. Durante a leitura de trechos selecionados, observaremos procedimentos da escrita diarística e, a cada encontro, escreveremos a partir das discussões realizadas em torno dos textos lidos. O último encontro é reservado para leitura, discussão e edição dos textos produzidos ao longo do curso.
Ao longo dos encontros, tentaremos responder a perguntas como: afinal, no que se baseia a escrita diarística? Quem escreve diários, e para quê? O que faz com que um diário íntimo seja de interesse para os demais? Como a ficção se apropria das características diarísticas na criação de narrativas? Trata-se, portanto, de um curso destinado a interessados no gênero diário, na escrita de si e na escrita de ficção, além de interessados em literatura e escrita criativa em geral.
